Lixo eletrônico no Brasil

Lixo eletrônico no Brasil
7/8/2024

Lixo eletrônico no Brasil

Segundo pesquisas, 85% dos brasileiros têm em casa algum aparelho que não usam e não sabem o que fazer com ele

Segundo o alerta do Monitor Global de Resíduos Eletrônicos de 2024, da Organização das Nações Unidas (ONU), a geração mundial de lixo eletrônico aumenta 5 vezes mais rápido que o material reciclado, trazendo uma série de problemas de saúde, ambientais e climáticos.

A pesquisa mostrou que, em 2022, a humanidade produziu 62 milhões de toneladas de resíduos eletrônicos, mais de 7,7 quilos para cada habitante da terra, ou seja, um crescimento de 82% desde 2010.  No mesmo período, foi relatado que apenas 22,3% desses resíduos foram devidamente coletados e reciclados. ‍

Ainda conforme o relatório, a expectativa é que a produção de lixo eletrônico alcance 82 milhões de toneladas em 2030, um aumento de 33%, com reciclagem decaindo em 20%.

Crise ambiental

Menos de um quarto do lixo eletrônico (22,3%) produzido em 2022 foi documentado como coletado e reciclado, segundo o relatório. Pensando no impacto ambiental, recorrente, o STATE firmou parceria com a Ecoleve Soluções Ambientais, empresa que faz a coleta gratuita da sucata eletrônica da sua casa ou da sua empresa para fazer o descarte da forma correta.

"Ao adotar uma abordagem sustentável e responsável, firmamos o nosso compromisso com a preservação do meio ambiente e pela busca de soluções concretas para os desafios causados pelas mudanças climáticas", afirma Jorge Pacheco, fundador e CEO do STATE.

Devemos estar atentos para atender á urgência de combater as mudanças climáticas, à medida que o mundo se torna cada vez mais dependente do setor eletrônico – e quantidades crescentes estão sendo vendidas em alto fluxo com resíduos perigosos, como mercúrio e chumbo, presentes nas baterias.

A reciclagem de metais a partir dos eletrônicos sem funcionamento evitou aproximadamente 52 milhões de toneladas métricas de emissões que aquecem o planeta em 2022, informa o relatório.

Problema mundial

Apesar da crescente preocupação global com o lixo eletrônico, apenas 81 países tinham políticas de e-lixo em 2023, segundo o relatório, incluindo países da União Europeia e a Índia. Os Estados Unidos, que estão entre os maiores produtores desse lixo, não possuem uma lei federal que exija a reciclagem de eletrônicos, embora alguns estados, incluindo Washington DC, tenham implementado suas próprias regulamentações sobre a reciclagem.‍

Outro ponto abordado na pesquisa, é que a reciclagem pode liberar valor armazenado nesses produtos. Metais no valor de aproximadamente US$ 91 bilhões estavam embutidos nos eletrônicos descartados em 2022, incluindo US$ 15 bilhões em ouro, constatou o relatório.‍

Mas mesmo onde existe legislação de lixo eletrônico, a fiscalização “continua sendo um desafio genuíno globalmente”, concluíram os autores do relatório em um comunicado.

O cenário no Brasil

O plano nacional de resíduos sólidos determina que os fabricantes e importadores coletem, em 2024, 12% dos produtos lançados no mercado. Para 2025, a meta é maior: 17%, com isso existem mais de 6.250 postos de entrega voluntária espalhados pelo país, além de técnicas específicas para o correto tratamento dos gases que estão nos refrigeradores, que fazem parte da Norma Brasileira a ABNT 15.833, porém, estima-se que menos de 3% dos equipamentos do País são reciclados da forma correta.

Já sobre o descarte correto, no Estado São Paulo, por exemplo, os equipamentos eletrônicos podem ser descartados em uma unidade da APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) e no STATE, localizado na Vila Leopoldina, em São Paulo.

Latest POSTS