Leitura um hábito saudável

Leitura um hábito saudável
5/9/2024

Leitura um hábito saudável

Prática de doze horas semanais na primeira infância está relacionada a um melhor desempenho cognitivo

Doze horas semanais de contatos com livros na primeira infância estão relacionadas à melhor desempenho cognitivo e bem-estar psicológico na adolescência, informa a pesquisa, recente, conduzida por especialistas do Reino Unido e da China.

O estudo publicado na revista Psychological Medicine informou que a hipótese do grupo é de que o hábito está relacionado a uma estrutura cerebral aprimorada. Para o trabalho, a equipe analisou uma ampla gama de dados do Cérebro e Desenvolvimento Cognitivo do Adolescente (ABCD), um programa de pesquisa estadunidense com dados de 10.243 adolescentes. Quase metade dos jovens, 48%, teve pouca experiência de leitura por prazer na primeira infância ou só começou a fazê-lo mais tarde. O restante do grupo manteve o hábito entre três e 10 anos.

Foram analisadas entrevistas clínicas, testes cognitivos, avaliações mentais e comportamentais e varreduras cerebrais, na tentativa de comparar aqueles que começaram a ler por prazer em uma idade relativamente precoce (entre 2 e 9 anos) com os que começaram mais tarde ou não fizeram. Fatores que poderiam influenciar nos resultados, como a condição socioeconômica, também foram considerados.

Se a ciência já comprova que a leitura é um hábito saudável, infelizmente, nem sempre ela é acessível. Segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância, UNICEF, a leitura ainda é um obstáculo para mais de 50% das crianças no 2º Ano.

No Brasil, mais de 50% das crianças do segundo ano do Ensino Fundamental na rede pública não aprenderam a ler e escrever, conforme dados do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica, Saeb, de 2021, divulgados pelo Unicef. Este número, que representa 56% das crianças nessa faixa etária, reflete uma situação preocupante que se agravou durante a pandemia da covid-19. Antes do contexto pandêmico, quase 40% das crianças do segundo ano já não estavam alfabetizadas. A Unicef destaca que a pandemia impactou significativamente esses resultados, devido à redução dos dias letivos, dificuldades no acesso a materiais educacionais e à falta de orientação próxima por profissionais.

Mercado

Uma pesquisa encomendada pela Câmara Brasileira do Livro (CBL) mostra que 84% dos brasileiros acima de 18 anos não compraram livros nos últimos 12 meses. A pesquisa ainda revela que 60% dessas pessoas consideram o hábito da leitura importante, mas se sentem desmotivadas para comprar livros. Entre os que compraram pelo menos um livro em 2023, 57% são mulheres e 43% são homens. Segundo o estudo, no Brasil existem cerca de 25 milhões de consumidores de livros. Destes, 69% adquiriu entre um e cinco volumes, enquanto 8% adquiriu 16 ou mais livros.

Instigados pelo assunto, o STATE foi bater um papo com o clube de leitura, Leiturinha, criado em 2014 visando incentivar e transformar o hábito de ler entre as crianças, desde as suas primeiras experiências com o mundo dos livros. Bateu a curiosidade? Chega mais!

Qual a importância do estímulo da leitura para vocês?

"A marca enxerga a leitura como meio para proporcionar diversão, aprendizado e momentos de atenção e de carinho compartilhados pela literatura. Por meio de seu conteúdo, o clube ajuda as crianças a compreenderem os seus próprios sentimentos e o que acontece ao seu redor, estimulando a imaginação e o lúdico, além de auxiliar na ampliação do seu vocabulário e formas de expressão. Assim, eles acreditam que essa missão possa ser cumprida de um jeito muito mais leve, divertido e educativo."

Físico ou digital?

"Nossos produtos como Leiturinha são majoritariamente físicos, mas como empresa não acreditamos na substituição do digital com o físico, e sim que os dois caminhos são importantes para o desenvolvimento das crianças dos dias atuais! Acreditamos que os livros digitais, por exemplo, chegaram ao mercado infantil visando promover outra forma de consumo de conteúdo, ou seja, mais um meio de acesso à cultura, contando com praticidade e maior potência para as histórias. No App Leiturinha, as crianças têm acesso à e-books interativos e audiobooks, além de muito conteúdo sobre parentalidade voltado para os pais, na Área da Família.
Além disso, Leiturinha é uma marca endossada pela PlayKids, uma marca focada em apoiar as famílias com desenvolvimento infantil. Seu principal produto é o PlayKids+, um aplicativo infantil de jogos e conteúdos internacionalmente premiado, que diverte e ensina crianças de mais de 180 países ao redor do mundo de maneira segura!"

Até que faixa etária vocês atendem?

"As obras enviadas pelo clube são cuidadosamente selecionadas pela Equipe de Conteúdo e Curadoria, composta por especialistas das áreas de Psicologia, Pedagogia, Comunicação, Filosofia e Desenvolvimento Infantil; Como pilar, a Leiturinha oferece conteúdos ideais para cada etapa do desenvolvimento infantil, o que inclui livros selecionados para crianças de 0 a 12 anos, agrupados em 7 categorias diferentes que contemplam leitores de berço, leitores brincantes, pré-leitores, leitores iniciantes, leitores em processo, leitores fluentes e leitores críticos."

Vocês têm alguns livros que falam sobre a cidade? Como avaliam a importância de conscientizar as crianças sobre as cidades?

"O livro Daqui eu vejo: pedalando na cidade conta uma história baseada no projeto Motoca na Praça, realizado na EMEI Armando de Arruda Pereira, localizada na Praça da República, bem no centro da cidade de São Paulo. Lá os alunos saem em triciclos, devidamente identificados com coletes, para passear pela praça e pelas redondezas da escola. Os autores farão parte da programação do Espaço Infâncias da Bienal de São Paulo deste ano, falando sobre o tema e sobre a criação do livro. (09/09/2024, às 16h).
Com o envio de originais Leiturinha que trazem esses temas, pretendemos conscientizar as famílias de que as crianças fazem parte da sociedade e que devem também ocupar os espaços públicos para além de parquinhos e locais exclusivamente infantis. Quanto antes os pequenos entenderem o contexto em que estão inseridos, conhecerem diferentes realidades e aprenderem sobre o lugar em que vivem, melhor eles vão se desenvolver socialmente, respeitar a diversidade de características das pessoas, adquirir o senso de pertencimento e desenvolver consciência ambiental. Com isso, se tornarão melhores cidadãos."

Como foi participar do STATEzinho? (Projeto que temos para a comunidade STATE, onde os pais levam seus filhos para passar um dia no STATE e conhecer o ambiente de trabalho)

"Participar do STATEzinho foi uma experiência simples com grande impacto, foi muito bom poder ver as crianças se divertindo com contação de histórias e interessadas em receber e ler livros! Nossa intenção é manter uma relação íntima com nossos clientes e parceiros, e participar de eventos como o STATEzinho nos proporciona esses espaços. Nosso principal objetivo com o evento foi criar conexões com as empresas residentes na STATE, mostrando que estamos por lá com Leiturinha, Play Kids e outras soluções de Sandbox Group, que estamos abertos a trocas e que temos serviços que podem atender diversos tipos de necessidades B2B e B2B2C."

Vimos que vocês criaram um Almanaque com tema Quem Ama Vacina. Pode nos contar mais sobre o projeto e a importância de também informar as crianças? Existe algum que fale sobre diversidade?

"O almanaque Infância e Afeto foi desenvolvido em parceria com a farmacêutica Sanofi e o apoio da Associação Brasileira de Pais e Familiares de Bebês Prematuros, para a campanha "Quem ama vacina". Depois da água potável, as vacinas foram as principais responsáveis pela queda na mortalidade infantil e pelo aumento na expectativa de vida das populações. Mas, nos últimos anos, a adesão às campanhas de vacinação infantil vem caindo, aumentando o risco de retorno de doenças já controladas. Por isso, acreditamos que é tão importante a conscientização das famílias sobre a importância de vacinar as crianças. Por meio de um almanaque que traz as informações de forma lúdica com o personagem Robson (um dinossauro cativante), as crianças e os cuidadores se envolvem no assunto.
Esse almanaque faz parte do nosso portfólio de serviços B2B, atuando em parceria com empresas para criar conteúdos relevantes e de qualidade com foco nas crianças e nos pais. No mesmo formato, já fizemos outras publicações com parceiros como Abbott (Um guia para um intestino feliz), Bibi (Um passinho por vez), Essilor (O seu diário de bordo da missão Eyestar), Fini (Um show de amizade), entre outros!
Não temos nenhum almanaque neste estilo sobre diversidade, mas temos alguns livros Originais Leiturinha que trazem o tema: Joca e Dado é um livro que fala sobre neurodiversidade. Todo canto tem seu canto valoriza o sotaque de cada lugar. Olga e o grito da floresta traz uma protagonista com deficiência auditiva. Marina e Makolelê; Eu sou assim, assim é você; Entre irmãos; Do jeito que quiser; O azul do Sol; A arara de muitas cores e Iguais, mas bem diferentes reforçam que aceitar as diferenças em todos os aspectos é essencial."

Sobre

A Leiturinha, clube de assinaturas de livros infantis, leva o selo "by PlayKids", fazendo parte de uma das líderes globais em conteúdo educativo infantil, que também pertence à Sandbox Group, rede de empresas de aprendizagem com foco em criar conteúdos educacionais.

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